Aqui tem uma análise bastante interessante sobre a adoção do Software Livre pelo governo brasileiro, tentando mostrar alguns prós e contras. No Brasil, podemos nos queixar de tudo, menos da monotonia. Depois do futebol, da caipirinha e do carnaval… acredita-se que em breve vamos nos tornar o país do software livre!
Softwares são os programas que fazem o computador funcionar. Software livre, como o próprio nome já diz, é um tipo de programa que não é controlado por uma empresa ou pessoa. É colocado no mundo com os segredos abertos. Pode ser alterado com a mesma falta de cerimônia que um motor de um carro popular é remendado seguidamente por brasileiros. O Brasil é o primeiro país do mundo a adotar software livre como política de governo. Uma tremenda ousadia do presidente Lula. Duas figuras estão nesse jogo pesado que cutuca os grandes da indústria. Na inspiração conceitual e animação cultural, está o ministro Gilberto Gil. Na linha de frente, chutando a canela dos beques adversários, o sociólogo Sérgio Amadeu, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), autarquia da Casa Civil da Presidência da República. Nenhum dos dois é especialista no assunto. Estão longe de serem supernerds. Mas fazem barulho e conquistam a atenção de indivíduos e instituições importantes do mundo digital. Profetas do cyberespaço garantem: se o Brasil implementar o software livre em larga escala, a China vem junto. E boa parte do resto do mundo .
Entendeu agora por que Bill Gates tentou cavar uma reuniãozinha de última hora com Lula no recente Fórum Econômico Mundial, em Davos?
Entendeu agora por que Bill Gates tentou cavar uma reuniãozinha de última hora com Lula no recente Fórum Econômico Mundial, em Davos?
Contra: A diferença é simples. Com formatos livres, mesmo que o software seja proprietário, existe sempre a possibilidade de fazer algo para ler ou, no mínimo, extrair de lá dados (parece a mesma coisa, mas considerem os formatos do Office). Portanto a liberdade dos formatos é muito mais importante que a liberdade do software, apesar de a liberdade de ambos ser a situação ideal
A favor: Estima-se que, só em licenças para usar softwares fechados, o governo brasileiro gaste mais de U$ 1 bilhão de dólares por ano. Mais do que com Cultura e Fome Zero juntos. Com tantos problemas para resolver, o Brasil não precisa ajudar Gates a ficar mais rico do que ele já é.
É uma sinuca de bico. A força do software livre está na interação e na liberdade criativa das comunidades. Não vai ser fácil evitar que a mão pesada da máquina federal cause um desequilíbrio neste ecossistema de cérebros. Nunca na história o pessoal do software livre se viu diante de uma encomenda tão grande de trabalho. Será que eles seguram o tranco?
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