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A importância da Tv e vídeo na Educação


O uso didático da televisão e do vídeo teve a sua raiz no cinema. Pouco tempo após a sua invenção, filmes cinematográficos educativos começaram a ser usados nas salas de aula. Antes disso, porém, o que havia à disposição de professores e alunos eram imagens fixas projetadas por meio de aparelhos como as então denominadas “lanternas mágicas”.

O uso do cinema educativo para o ensino médico logo provou ter grande importância. Franceses e Alemães foram os pioneiros do cinema científico. A micro cinematografia e a condensação artificial do tempo permitiram que muitos fenômenos biológicos e o comportamento de microorganismos pudessem ser cuidadosamente observados. Filmagens no interior do corpo humano foram possíveis graças ao desenvolvimento da endocinematografia e logo várias especialidades médicas se beneficiaram da nova possibilidade. A separação de duas irmãs xilófagas, em 1907, foi registrada no primeiro filme médico brasileiro. Desde então, várias instituições como o Instituto Biológico e o Instituto Nacional de Cinema Educativo, fundado em 1936 por Roquette Pinto, ofereceram notáveis contribuições para o cinema médico brasileiro.

Nasceram no País várias filmotecas e o cinema educativo proliferou no Brasil até os anos 70, quando a televisão começou a se expandir pelo território nacional. A partir de então, abriu-se um novo canal para divulgação de materiais educativos audiovisuais, e o cinema educativo foi pouco a pouco perecendo, junto com as principais instituições que lhe deram apoio, como o Instituto Nacional de Cinema Educativo, por exemplo.

Vídeo e televisão estão estreitamente vinculados, seja por razões econômicas e mercadológicas, como ressalta Pretto, seja pela própria natureza desses meios de comunicação. O vídeo tem alta penetração social, uma vez que seu custo tem se reduzido ao longo dos anos e conta com um mercado em expansão, a despeito do surgimento de novas e mais sofisticadas tecnologias do som e da imagem. E a televisão é ainda considerada o mais popular meio de comunicação social. Vídeo e televisão contam com diferentes possibilidades de uso.

Os jovens de hoje estabelecem íntimo e envolvente contato com a televisão e com o vídeo, fruto de sua vivência doméstica. Há um lugar, entretanto, em que tal contato deveria se estabelecer de maneira objetiva e inteligente, mediante o devido preparo para isso: a escola. Há carência da integração do uso desses meios em projetos pedagógicos consistentes, em integração com o currículo escolar. Curiosamente, muitas vezes não se tem tal preocupação, pois se confia no modo corrente de utilização desses meios, tal como se dá fora da escola. Eis aqui um grande equívoco, com os riscos de desvirtuar a natureza dos próprios meios e também prejudicar o trabalho pedagógico em prejuízo do aluno.

A nova escola deve, portanto, ultrapassar o costume de utilizar a televisão como mera instrumentalidade, o que reduz as possibilidades de sua utilização como verdadeiro recurso didático-pedagógico. Para tanto, é preciso conhecer a televisão em seus próprios fundamentos.

E qual o papel do professor no desenvolvimento de uma nova prática de construção do saber? Uma vez que o professor queira uma escola comprometida com o seu tempo, deve o professor deixar de trabalhar para o fomento de práticas escolares baseadas na memorização, sobretudo. Deve ser ele o mediador de um processo que leve o aluno ao uso pleno de sua capacidade criativa. Assim, então, deixará o professor de ser mero repassador de informações.

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